Moradores da Ocupação Marieta II mais perto dos títulos de propriedade
Moradores do Marieta II já escolheram porta-vozes para acompanhar a Regularização Fundiária do Marieta II.
A ocupação irregular Marieta II fica na região Norte da cidade, tem exatos 22 anos e ocupa uma área originariamente reservada pelo Município para a construção de unidade de serviço público, que atenderia bairros próximos. Desde a invasão, os assistentes sociais da COHAB Londrina acompanharam regularmente o entra e sai de famílias e realizaram o cadastro social de cada morador que ergueu ali um endereço fixo. Classificado recentemente como Ocupação Irregular Consolidada, por seguir critérios federais e municipais, o Marieta II acaba de receber a notícia de que foi incluído no cronograma de Regularização Fundiária da COHAB e receberá até 2024 obras de infraestrutura urbana - saneamento e rede de esgoto, projeto viário, asfalto, guias e calçadas, iluminação em LED e sinalização viária. Também será feita, por intermédio da companhia, a titulação das propriedades, a partir do traçado urbanístico definitivo de lotes e ruas.
A COHAB Londrina imprime, desde o ano passado, ritmo mais ágil às Regularizações Fundiárias, um política social e urbana definida como prioritária pela gestão do prefeito Marcelo Belinati. “Como houve por muitos anos a interrupção por parte do governo federal da construção de moradias para baixa e baixíssima renda, a opção do prefeito e da COHAB foi correr atrás de verbas financiadas pela Caixa Econômica Federal para projetos de melhorias urbanas e regularização fundiária. O Município entra com os terrenos, recursos próprios e o trabalho de dezenas de servidores da COHAB Londrina, principalmente, e de secretarias municipais como Obras, Planejamento e a Procuradoria Jurídica. Junto com o combate à fome e a oferta de bom atendimento na saúde, a moradia própria é fundamental para garantir a promoção da cidadania e proteção das famílias”, lembra Bruno Ubiratan, presidente da COHAB Londrina.
Dados coletados em 2022 revelam a vulnerabilidade da população residente na ocupação irregular do Jardim Professora Marieta. Os principais problemas enfrentados são o desemprego e a baixa renda familiar, que inviabilizam aluguéis em imóveis regularizados ou até mesmo obtenção de financiamento para a casa própria. O baixo índice de escolaridade impede a inserção em trabalhos formais ou em funções com renda regular. O pós-pandemia e o cenário econômico do país dificultam oportunidades de inserção social.
Na reunião realizada há poucos dias, na Assembléia de Deus do Alto da Boa VIsta, representantes das 109 famílias moradoras elegeram três titulares e três suplentes para compor a Comissão de Acompanhamento do Projeto Urbanístico (CAPU). Eles farão a mediação da comunidade junto aos técnicos da COHAB e participarão ativamente do planejamento de cada lote e da entrega de toda documentação necessária para emissão dos títulos de propriedade.
O próximo passo será o diagnóstico topográfico completo e medições dos lotes, que serão realizados pelo Departamento Técnico da COHAB. Participaram da reunião para formação do CAPU a gerente do setor social, Edna Braun, e os diretores Edimilson Salles e Luiz Cândido de Oliveira, além de Bruno Ubiratan e dos vereadores Roberto Tominaga, Matheus Thum e Ailton Nantes (representado por assessor).
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