História da Cohab
1965
A Companhia de Habitação de Londrina (Cohab-Ld) foi idealizada após a formação do Banco Nacional da Habitação (BNH) e criada, oficialmente, pela lei municipal nº 1008, de 26 de agosto de 1965, na gestão do prefeito José Hosken de Novaes.
O primeiro diretor da Companhia foi o agropecuarista, Otávio Antonio Pedrialli, empossado em 28 de setembro de 1965. Além de regularizar a Cohab-Ld, a primeira diretoria adquiriu alguns terrenos para futuras construções, entre eles, 2,5 alqueires próximos ao hoje extinto IBC – Instituto Brasileiro do Café.
O primeiro conjunto construído com recursos do BNH, foi o Vitória Régia, na região leste, com 132 casas.
No início, a Cohab-Ld tinha apenas 15 funcionários e, até 1974, havia construído 1200 casas. Todo o controle de pagamento das mensalidades dos mutuários era manual, nas chamadas “Fichas Analíticas”, onde eram anotados os dados das dívidas de cada pessoa.
Anos 70
Nos anos 70, a Cohab-Ld experimentou uma grande expansão, ao potencializar a construção de unidades populares, com recursos da União. O Governo Federal tinha como meta construir um milhão de casas e, em Londrina, o primeiro núcleo habitacional construído foi o Conjunto Ruy Virmond Carnascialli, na região norte, com 549 casas. Em seguida, foi erguido o São Lourenço, na região sul, com 687 casas. A edificação desses conjuntos elevou o quadro de funcionários da Cohab-Ld para 200 e mais de 50 fiscais de obras.
A popular região dos Cinco Conjuntos não passava de lavouras pertencentes a agricultores do Heimtal. Em 1977, teve início a construção do Conjunto Habitacional Milton Gavetti, composto por 740 casas. Na sequência foram construídos os conjuntos Parigot de Souza I e II, em um total de 1170 moradias. No ano seguinte, foi anunciada a construção de 3218 casas, que deram origem aos conjuntos Aquiles Stenguel (1000 casas), João Paz (814), Semíramis Barros Braga (817) e Chefe Newton Guimarães (287). Os últimos conjuntos construídos, nessa época, foram o Sebastião de Mello Cesar (350) e o Jácomo Violin (1536).
Anos 80
Nos anos 80, década dita economicamente perdida no Brasil, surgiu a reflexão sobre a capacidade de intervenção do Poder Público na construção de casas populares. A expansão que caracterizou os anos 70 foi seguida por uma forte retração. A recessão econômica e a falta de dinheiro no Banco Nacional da Habitação (BNH), para atender as companhias habitacionais do país, reduziram a realização de obras e contribuíram para o déficit habitacional existente até hoje.
O BNH foi extinto em 1986 e suas funções foram absorvidas pela Caixa Econômica Federal. A habitação entrou em baixa e o valor das prestações aumentou. Concluído em 1983, sobraram unidades do Conjunto Maria Cecília, por causa do alto custo das prestações, se comparadas com as dos conjuntos construídos anteriormente.
Mesmo assim, a Cohab-Ld agiu com ousadia e prosseguiu em seus empreendimentos, dando origem aos conjuntos Nubar Boghossian (366 casas), Manoel Gonçalves I e II (309 casas), Parigot de Souza III (260 casas), José Belinati (133 casas) e Hilda Mandarino (731 casas). Além dos conjuntos habitacionais, foram construídos os edifícios José Osório Galo (40 aptos), Eugênio M. V. Monteiro (24 aptos) e Villa Benzoni Vicentini (195 aptos).
Anos 90
A década de 90 foi marcada pela modernização da Cohab-Ld. No início de 1993, a Companhia contava com 160 funcionários. Houve uma ampla reforma no quadro de pessoal e no organograma, que aumentou a eficiência e o atendimento ao mutuário. O enxugamento no quadro de funcionários levou a uma redução de 20% dos gastos mensais com a folha de pagamento.
Foram extintos vários setores, departamentos e cargos comissionados, além de uma diretoria.
A Companhia também investiu na informatização e os mutuários passaram a receber em casa os carnês de mensalidades, com a possibilidade de pagá-las em rede bancária credenciada. O prédio da Companhia, construído em 1950, passou por reformas para humanizar ainda mais o atendimento ao público.